A OBRA SALVIFICA DE JESUS CRISTO

28-10-2017 13:49

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A OBRA SALVIFICA DE JESUS

Texto: Jo. 19: 23-30

Introdução

A obra de Cristo na cruz do calvaria é a consumação da salvação planeja antes da fundação do mundo.

O preço de sangue, foi perfeito e definitivo, satisfazendo toda a exigência da lei da Antiga Aliança.

NO estudo de hoje vamos rever a obra Salvífica de Jesus Cristo, a manifestação da sua graça para com o homem perdido

I. O Sacrifício de Cristo

1. O sacrifício completo

O sacrifício de cristo só foi completo porque envolveu ministério terreno.

Na sua humanidade ele representou o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo

No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (jo.1.29)

 

No sacrifício antigo, o sangue só cobria o pecado. Só o sangue de Jesus é capaz de tirar arrancar o pecado do mundo.

O sacrifício de Cristo, fez uma nova aliança entre Deus e o homem, superior e perfeito em relação aos sacrifícios Antigos.

Os sacrifícios antigos eram incapazes de perdoar pecados, ele aplacava ira de Deus contra o pecador.

A lei e os sacrifícios de animais apena mediava e apontava para a nova aliança em Cristo:

De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. (Gl. 3.24).

 

2. O sacrifício meritório

A palavra sacrifício no Antigo Testamento é “qorbãn”, que quer dizer trazer para perto com proposito de expiar[1], no hebraico corresponde a “kapper”.

A Morte de Cristo mis que simbólica foi sacrificial para cumprir proposito eterno:

E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Ap.13.8).

 

Isso foi para que Deus pudesse perdoar e garantir a salvação humana.

Através do sacrifício de animais o homem tinha alguns méritos, por exemplo: criar o cordeiro, levar até o sacerdote e cumprir os rituais, ou seja, o cordeiro era algo que o homem podia fazer para tranquilizar a sua consciência cobrindo seu pecado; assim, se tornava mérito pessoal e quase sem arrependimento.

Agora, o mérito é de Cristo:

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. (Gl2.20)

 

O único mérito aceito por Deus é o sacrifício de Cristo, porque Cristo é o fruto do seu amor (Jo.3.16).

Só Cristo é capas de cobrir de uma vez por todo o pecado do homem:

Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro. (Is 43.25)

 

Cristo restabeleceu a comunhão do homem com Deus.

 

3. O Sacrifício remidor

Remidor. Hebraico, פּוֹדֵה (go'el). A noção de go'el, ou redenção, Formas diferentes das palavras hebraicas ga'al ("redimir") e derivados A palavra go'el ("aquele que redime" ou "parente próximo")

 

De acordo com as exigências para restituição de terra, o parente mais próximo do falecido era obrigado a comprar de volta a propriedade caso ela houvesse sido tomada por motivos de pobreza ou hipoteca, a fim de que o terreno permanecesse sob posse da família (Lv 25.25-28). De acordo com as exigências do casamento levirato, o parente mais próximo do falecido deveria casar-se com a viúva, para que o nome deste não fosse extinto (Dt 25.5-10). Isso significava que a família do marido era responsável por cuidar da viúva. E algumas ações de Boaz podem ser comparadas às de Cristo. O remidor tinha de ser o parente mais próximo para realizar a obra de redenção (Dt 25.5,7-10; Rt 2.20); Cristo fez-se homem para ser o remidor da humanidade (Jo 1.1,14; Rm 1.2; Gl 4.4, Fp 2.5-8; 1 Tm 2.15; Hb 2.14,16,17; 10.51). O parente remidor precisava ter meios para pagar o preço de compra da terra (Rt 2.1); Cristo pagou o alto preço associado ao resgate da humanidade perdida (1 Co 6.20; 1 Pe 1.18,19). Boaz estava disposto a ser o remidor (Rt 3.11), e Cristo estava igualmente disposto a redimir a humanidade (Mt 20.28; Mc 10.45; Jo 10.15-18; Hb 10.7; 1 Jo 3.16). O remidor Boaz tomou Rute como noiva gentia e enriqueceu-a financeiramente; Cristo também tomou uma noiva gentia (a Igreja), a qual enriquece espiritualmente

 

Cristo fez-se homem para ser o remidor da humanidade.

Homem era pecador, propriedade do inimigo por causa da queda. O resgate do homem exigiu sangue propiciatório:

Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; (Rm 3.25)

 

 

Propiciar é afastar a ira de Deus: Hb. “kipper” e do Latim “propitio”, afastar a ira através de um sacrifício.

NO paganismo era apagar a ira de um Deus vingativo e não amoroso. Amor é a essência de Deus, dado aos homens com fruto do espirito e por sinal o fruto conforme Gálatas:

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gl.5:22)

Então teologicamente, propiciar é cumprimento da lei divina que havia sido violada.

Assim propiciar, não apenas satisfaz a lei, mas também torna Deus magnâmico para com o pecador. Assim somos justificados pelo seu sangue:

Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rm 5.9).

 

 

II. Nossa reconciliação com o pai

1. O fim da inimizade; 2. A eliminação da causa da inimizada

 

Em Cristo, o véu da separação foi rasgado, promovendo assim a nossa união com Deus:

Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. (2 Co 5.19)

 

 

O Homem não tinha comunhão com Deus, éramos inimigos de Deus por causa do pecado.

Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. (Is 59.2)

 

A reconciliação derrubou a inimizada que havia entre o homem e Deus, caiu o muro da separação.

 

Todavia, agora, em Cristo Jesus, vós que antes estáveis distantes, fostes aproximados mediante o sangue de Cristo. Porquanto, Ele é a nossa paz. De ambos os povos fez um só e, derrubando o muro de separação, em seu próprio corpo desfez toda a inimizade, ou seja, anulou a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças, para em si mesmo criar dos dois um novo ser humano, realizando assim a paz,

E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. (Ef. 2.14-16)

 

A reconciliação derrubou a inimizada que havia entre o homem e Deus, caiu o muro da separação.

 

 

3. Vivificação[2]

 

Estávamos mortos em ofensas e pecados, é o estado de estar longe Deus (Is. 59.2).

A vivificação só é possível com a presença do Espirito Santo em nós produzindo vida espiritual como fonte transbordante, injetando em nós a sede pela presença de Deus.

Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? (Sl.42.1-2)

 

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. (Sl 42.11)

III. A redenção eterna

1. O estado perdido do pecador

Pecador é errar o alvo, e isso leva separação do homem de Deus conforme já estudamos.

A principal conquista da morte de Cristo, foi promover a redenção, ou nos remir.

O verbo Grego “lytron”, que significar libertar do cativeiro, da escravidão ou da condenação da morte, através de um pagamento. Isso Cristo fez por nós nos redimindo para a vida eterna.

Essa redenção foi paga pelo sangue inocente pelo preço que se pagava por um escravo doente; “trinta moedas de prata”.

Assim Cristo nos tirou de uma vez por toda do poder alheio.

A redenção de Cristo foi plena e não parcial, ou seja, não cabe mais ao homem nenhum sacrifício. Cristo satisfez tudo na sua morte expiatória.

Considerações finais

Cristo não nos redimiu, nem por sangue de bode e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrando uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção (Hb.9.12).

Essa deve ser a mensagem que precisamos pregar em nossos púlpitos, a mensagem da cruz que redime o mais vil pecador, que liberta as algemas dos prisioneiros de Satanás e tira lixo o mendigo, para transforma em personalidade estáveis e a imagem de Cristo. Tudo isso faz parte da salvação que Deus que Deus opera nos homens e nas mulheres através do “kerigma”[3] de Cristo.

Amem, amem.

Tenham todos uma boa aula.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 



[1] Reparar um erro, uma falta; pagar um crime; remir ou remir-se: expiou...  Remir (culpa ou delito), pelo cumprimento de pena ou penitencia

 

 

[2] Dar vida a; fazer existir; animar; Renovar, possuir vida nova, reanimação.

[3] Kerigma (do grego: κήρυγμα, kérygma) é uma palavra usada no Novo Testamento com o significado de mensagem, pregação, anúncio ou proclamação.