SOBRE A FAMILIA E SUA NATUREZA

20-09-2017 23:37

SOBRE A FAMILIA E A SUA NATUREZA.doc (175104)

 

 

Jaime Bergamim[1]

 

SOBRE A FAMÍLIA E SUA NATUREZA

 

Texto: G. 2.18-24

Introdução

Ao encerramos esse terceiro trimestre de 2017, tendo como tema a “A Razão da Nossa Fé”, fecharemos com chave de ouro com esse assunto tão importante ao mundo atual que estamos vivendo.

O assunto sobre família começa com um breve relato no livro do, porém, em toda a bíblia vamos ver a o tratado sobre família. É um assunto que não se esgota principalmente nessa era do século XXI em que os homens sem Deus estão tentando de todas as formas acabar com o conceito de família.

A família é constituída a partir da união de um homem e uma mulher o que chamamos de “casamento”.

Casamento no mundo antigo bíblico era a conjunção entre um homem e uma mulher, a acordo mútuo entre as duas famílias envolvidas.[2]

 

I. A Origem da Família

1. O homem e a mulher – No Antigo Testamento o homem e a mulher a parece em pé de igualdade “ontológico”[3], como ser individual mas também formando uma só carne.

O Homem sente-se pessoa não apenas pelo que é, mas também quando vê o seu reflexo no outro que que é semelhante; (....) Para Deus, “não é bom que homem esteja só”.[4]

 

O homem foi criado a imagem e semelhança de Deus; assim como Deus reflete a sua semelhança no homem crida desta ambos no casamente se reflete nessa união.

Tanto que o vocábulo adam, tanto serve para o primeiro homem criado por Deus como para o homem no sentido de representante do ser humano.

O homem e a mulher fazem parte do mesmo projeto celífluo.[5] Sente-se tão necessário à existência do outro quanto a dependência individualmente do ar que respiram. Esta independência e inerente a formação moral e espiritual do próprio ser.[6]

 

Portanto eis a necessidade da criação de macho e fêmea, homem e mulher como portadores da imagem de Deus.

O homem e a mulher só deferem na sexualidade, mas não como ser responsável diante de Deus e no papel da família.

2. A formação da mulher -  embora que nos escritos antigos não aparece a formação da mulher e isso se dá ao fato da pouca valorização dela naquela época entre algumas culturas, mas só o livro do Gênisis aparece seis vezes (Gn.2.18-23.

Adjutora ou auxiliadora no original que dizer aquela que fica ao lado, nem na frente e nem atrás.

Salmo 54.4 e Hb.13.6, fala de Deus como o nosso ajudador, isso não está colocando Deus em grau de inferioridade em relação ao homem; o mesmo acontece com a mulher como auxiliador do homem.

II. Família

Conceito de família entre os hebreus – O lar como parte do clã. Isto é conceito de família nuclear, constituída por consanguíneos a sabem: pais, avós, bisavós, sobrinhos e tios.

A constituição do núcleo de família a priori foi composta por um homem e uma mulher. Mais tarde acrescentou-se ao casal os filhos gerados dessa união. A partir do nascimento do primeiro filho, a família tornou se o primeiro sistema social no qual o ser humano está inserido.  BENTHO, ESDRAS COSTA - AFAMILIA NO ANTIGO TESTAMENTO, PAG 25. Assim que deu a constituição de família entre os hebreus.

Ainda entre os hebreus podemos acrescentar o que se chama de família agregada que constituía de servos, como por exemplo os servos de Abraão os quais foram criados em sua casa.

Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã. Gn. 14:14

 

Desta a forma o conceito de família no Antigo Testamento é mais complexo do que entendemos por família no mundo moderno.

2. O Papel da mulher na sociedade israelita – a mulher cuidava da casa e ajudava o marido no sustento da casa:

A função a mulher tem evoluído junto com as práticas e os costumes das diversas sociedades e épocas em que se constituiu o povo judeu. Porém, não podemos negar que a condição da mulher judaica na Antiguidade ou Idade Media, sob domínio cristão ou muçulmano, era melhor entre os judeus do que entre os outros povos próximos. Mesmo quando dominava o patriarcado, que se fazia refletir na sua conduta, no seu caminho (halakhá), o direito judaico, a tendência das decisões rabínicas eram a de dignificar e proteger a condição feminina. Com a vinda da modernidade, a condição da mulher tem se transformado muito e tem refletido diversas posturas que as diversas correntes do judaísmo contemporâneo têm tomado com relação a esse assunto. Contudo, para se entender o papel da mulher judia neste contexto da atualidade é necessário entende que há duas explicações na Torá para a criação da mulher.

Uma delas, Gênesis 1:27, diz:

“a mulher foi criada juntamente com o homem, os dois criados a imagem de Deus. A eles dois juntos, o homem e a mulher, foram dados o domínio dos animais e a tarefa da procriação”.

Já a segunda, Genesis 2: 21 – 25, relata de outra forma:

“A mulher foi criada ao lado do homem para ser sua parceira. Ao homem é dito que deveria deixar seu pai e sua mãe e unir-se a sua esposa.”

Podemos entender que o pensamento judaico dos tempos bíblicos reconhecia que a condição inferior da mulher, naquela época, não era a vontade original de Deus.

Na Antiguidade, o judaísmo formou-se das sociedades patriarcais do Oriente Médio. No texto bíblico, o sacerdócio e a monarquia eram tarefas masculinas. Para a mulher restava cuidar da casa e criar os filhos. Porém, se nos aprofundarmos nos textos bíblicos, eles descrevem uma sociedade matriarcal, as mulheres com papéis fortes: Miram, a profetisa; Débora, a juíza; Hulda, também profetisa; Ruth, Yael e Ester, as rainhas. Enfim, a sociedade lê conforme lhe convém.

Nesse mesmo período, as israelitas eram tratadas de modo mais equânime pela lei bíblica do que as mulheres de outros povos próximos. Na Antiguidade, a mulher na Grécia, por exemplo, tinha um status muito mais inferior em sua cultura do que a mulher judia. Muitos dos direitos da mulher judia existiam e sua liberdade era respeitada e preservada. A mulher deveria ser propriamente mantida por seu marido e, ainda que a poligamia fosse legalizada, a monogamia era tida e respeitada como o ideal judaico. [7]

 

III. Princípios básico

1.  Casamento – é o maior fundamento de uma sociedade; ele é a base da sociedade em todas as épocas.

O hebraico bíblico usa diversos termos para descrever o casamento ou matrimonio. Entre esses encontramos: hãtunnâ, literalmente “esponsais” “bodas”. Este vocábulo está vinculado juridicamente ao contrato nupcial entre um homem uma mulher e o parentesco que advém entre ambos dessa união contratual. [8]

É a união mais linda do universo e entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior entre marido e mulher.

2. Monogamia – Conceito monogâmico e aquele constituído por um homem e uma mulher unicamente. No mundo judaico-cristão, não existe espaço para a poligamia. A poligamia foi tolerada, mas não aceita por Deus. Tudo que sabemos a respeito de poligamia vem de fonte extra bíblica através da cultura e costumes, principalmente do código de Hamurabi.

3. Heteroxessualidade - nesse conceito não existe espaço para a união homoxessual.

Essa união e o resulto do amor entre os dois de sexo oposto com finalidade de vivencia afetuoso, agradável e prazerosa.

4. indissolubilidade – Serão uma só carne. A partir da união conjugal através do coito, casal passa a ser uma só carne, não havendo mais espaço para a separação. Embora que Moises deu carta de divórcio por causa da dureza de coração daquele povo, mas isso nunca fez parte do plano divino.

Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. (Mt. 19.8

 

IV. O desafio da igreja

1. Institucionalização da iniquidade -  a igreja tem um papel importante no papel da família. É um desafio a ser combatido no século XXI. Estão tentando acabar com o conceito de família e querendo mudar as leis que venha beneficiar o casamento de pessoas do mesmo sexo que condenado pela bíblia.

O avanço disso tudo é o sinal do fim dos tempos, Jesus está voltando. O homem pode trocar o órgão genital, mas nunca a sua sexualidade. Ele sempre continuará sendo homem em essência no seu interior físico. O psicólogo pode fazer entender no sentido social, mas moralmente o homem sempre será homem aqui e no inferno. Deus o fez homem ou mulher e continuará assim.

As inversões de valores, tem sido a causa dessas desgraças que vem minando até mesmo algumas igrejas modernista, ou estão criando igrejas para tal gostos e tipos de pessoas. O hedonismo predominante no século passado está ocupando espaço que nunca deveria ocupar em nossa sociedade.

O que hedonismo? Vejamos

O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade” é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo de Cirene. O hedonismo filosófico moderno (utilitarismo) procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.

Esse conceito filosófico que diz promotor de felicidade, mas em suma é o promotor de morte.

Recentemente tivemos o caso Santander na Queermuseu" do Banco Santander. Ainda bem que a sociedade se levantou e muitas contas foram fechadas no Santander por causa dessa exposição. Somos ainda a maioria, família que primamos pela educação genuína em questão de sexualidade.

Todos nós temos direito de expressão dentro da nossa democracia, mas democracia não é ausência de ordem, democracia é ausência de opressão. Dentro dessa opressão cada um escolhe o que ser, mas essa não é forma cristão de vai quem quer.

Considerações finais

Deus criou a família para ser a base da nossa sociedade. A família é o organismo regulamenta dessa sociedade e o agente modificador da mesma. A Ainda temos em nossa sociedade a maioria que primam pelo conceito de família tradicional e conservadora.

Oremos pelo no Brasil; protestamos como muitos fizeram para fechar a exposição do Santander.

Deus nos ajude como cristão a manter os alicerces familiar na sua forma original.

E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Gn.12.3

Amem.

 

 



[1] Jaime Bergamim

Bacharel em Teologia, Mestrado em Psicologia Pastoral, Pedagogo, Pós Graduado em Gestão de Pessoas e Aconselhamento Bíblico.

Evangelista Convencional.

[2] Bentho; Esdras Costa – A família no Antigo Testamento – Ed CPAD – Cap 2 pag 37

[3] Ciência do Estudo do ser

[4] Bentho; Esdras Costa – A família no Antigo Testamento – Ed CPAD – Cap 1; Pag 24

[5] Que provem do céu

[6] Bentho; Esdras Costa – A família no Antigo Testamento – Ed CPAD – Cap 1; Pag 25

 

[7] https://www.contee.org.br/blogosfemea/index.php/2013/04/a-mulher-israelita/#.WcMR0zVrzIU

[8] Bentho; Esdras Costa – A família no Antigo Testamento – Ed CPAD – Cap. 2; Pag 38